Tuesday, August 9, 2011

Cinza

Ouvindo a voz de Vinícius de Moraes soluçar palavras de fogo, enquanto sinto só, sentanda em minha pobre cadeira o cheiro do meu corpo amargo, e seco de saudade. Os meus dentes perfuraram a minha alma que de tanto te faltar e de tanto não te esquecer e de tanto tanto como fui te perder, não morreu mas se pintou de cinza. E era do cinza que mais tínhas medo. Era do medo que mais tínhamos cinzas.
O choro de nada, nos dias de sempre, nas horas que já não são marcadas, em outras ruas, de madrugada, eu mais que a Lua estou vazio.
Piano quebrado e mãos preguiçosas que te perdem mas já estão cansadas.
E saudade de quem te ama, ninguém sabe dos meus segredos, de verdade só eu sei.
Posso mentir, só eu sei.
Grito dentro de mil e deles, dos arredores, seu nome me pertuba, seu peito me faz um buraco na mesma alma que ficou cinza.
As formas feminina de corpos amados que foram crescidos e marcados com as mesmas frases de Vinícius que sempre será Vinícius que vem me matar de amor e queimar a minha alma que esta cheia de cinzas pecados, marcas mares cervejas o amor dela que nunca mais , que cinza.